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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Porque pais e filhos não se entendem?


Por que será que nem os pais entendem os filhos, nem os filhos os entendem? Toda família faz esse tipo de pergunta, concorda? Mas é bem simples a resposta: a criação dos nossos pais foi diferente.
Segundo André Ricardo, nossos pais viveram em outra época, com pensamentos e atitudes diferentes, com pouca liberdade, uma educação bastante rígida e não acompanharam os avanços tecnológicos nem mudaram seus valores. Isso se chama Conflito de Gerações. Além de ninguém respeitar a opinião do outro e de não haver confiança.
Eles têm que aprender que só porque são pais, isso não implica que estejam 100% certos. Nós, filhos, somos obrigados a respeitá-los e obedecê-los, mas aceitar tudo não. Eles pensam que sabem demais, por possuírem mais experiência que a gente, mas nós sabemos que isso não se aplica de uma maneira geral.

Se, de repente, o diálogo entre pai e filho produzir frases do tipo ‘meu filho não me entende’ ou ainda, ‘meu pai não me entende’, é hora de você, pai, atualizar-se.
     Se o tempo criou degraus entre você e ele, desça-os e nivele-se no mesmo patamar. Entenda-o. Procure saber mais do universo que ele vive. Fale a ‘linguagem’ dele e conheça melhor seus pensamentos.
    Lembre-se que na juventude você também viveu sua fase de ‘rebelde sem causa’ e possivelmente conflitou com o seu pai. Então, use essa experiência e falem como dois amigos, porque o silêncio é um grande inimigo. Relembre vivências positivas e faça-o refletir. Aborde, também, as coisas negativas, fazendo-o ver que ninguém é feliz com o insucesso.
André ainda nos diz que se nossos pais soubessem criar os filhos de uma maneira em que não houvesse imposições, rigorosidades, em resumo, uma “ditadura”. Mas sim, visando, principalmente, a confiança entre os dois, com certeza, hoje não teríamos filhos matando pais nem o contrário. Sabe o que ocorre?
Nós vemos vários pais fazendo promessas a seus filhos e não cumprem nenhuma. Você entende o que se passa na cabeça deles? Por mais que trabalhe, isso não justifica, você prometer e não cumprir. Todo pai diz essa frase: “Não faça o que eu faço, mas faça o que eu digo”. Se você não faz como é que vai querer dar exemplo? Tudo que nossos pais dizem ficam gravado em nossa memória, não importa o tempo que passe, sempre ficará registrado, por isso é bom tomar cuidado com o que diz para o filho, mesmo nos momentos de raiva.
Para o filho, o pai FOI, É e SEMPRE será seu herói e seu maior ídolo, então quando o pai perde a moral perante o filho, então surgem esses tipos de acontecimentos desagradáveis. Esperamos que um dia nossos pais entendam isso e passem a confiar mais nos filhos se merecerem.


O que eu vejo como filho, nos dias de hoje, é a falta de diálogo  em baixo tom de voz. O que quero dizer é que pais e filhos quase não param pra conversar, e se param estão discutindo aos berros. Não digo que isso ocorre em todas as famílias, mas em geral é na sua maioria.
É difícil para os pais aceitarem que seu garotinho(a) cresceu e já não é mais a mesma pessoa que carregava no colo alguns anos atrás. Nós filhos entenderemos isso com mais clareza quando formos pais um dia.
Contudo, a mídia exerce grande influência na cabeça de nossos velhinhos. Quando vemos notícias de estrupo seguido de morte com adolescentes envolvidos, sequestros, uso de drogas, e tudo que possa agredir físico e psicológicamente nós filhos, desperta em nossos pais aquele ar de desconfiança, de proteção e necessidade de estar sempre ciente do que está acontecendo. É como se não soubessemos com quem estamos andando, onde estamos indo e o que estamos fazendo.
Claro que isto parte da cabeça de cada filho. Se você tem cabeça e sabe o que faz, isso passa confiança a seus pais. Agora se é do tipo desleixado, to nem aí com nada, sinto muito mas não terá sossego.  

De fato o quadro muda quando se trata de filhos homem ou mulher. Homens têm mais liberdade que as mulheres quando crescem. A explicação é fácil, mulheres são consideradas mais frágeis e fáceis de iludir. Com isso a repreensão aumenta.
Horário pra voltar embora, celular tocando toda hora pra saber onde está, com quem está e o que está fazendo, aquele interrogatório todo, típico e padronizado.

Quem é mulher sabe a reação dos pais quando se fala em estar namorando ou mesmo ficando, algo que eles ainda não entendem. Sem mais nem menos uma avalanche de perguntas caem em sua cabeça. De qual familia ele é, idade, trabalho, estudo, amigo de quem, e o diabo a quatro. E aí de você se não responder com honestidade.
E é no ato de estar namorando que as coisas viram um inferno. Nossos pais pensam que a gente ja se entrega fazendo besteira, ligam toda hora e se deixar querem ir atrás ver com os próprios olhos, evitam nos deixar sozinhos e tal. De certa forma eu não discordo, afinal com os hormônios mais loucos que o batman é normal acender o fogo e ir pros finalmente. Mas isso se manifesta diferente em cada pessoa. 

O difícil é quando os pais são separados e precisamos de alguém pra conversar, porque mesmo sendo nossa última opção, sabemos que eles sempre nos ouvirão. Filhos homens procuram os pais para falar certos assuntos, e as mulheres procuram as mães; isso acontece devido a compatibilidade de entendimento e compreensão. Mas nem sempre os temos por perto quando esse momento chega. Mas precisamos desabafar seja com quem for, porque mesmo sendo homem ou mulher, ainda são nossos pais.


É normal, na adolescência, o jovem pensar que tudo pode, não importa os meios e tampouco as leis. Isso é ser jovem: imaginar que o mundo é seu, que esse é seu momento e que esse é seu caminho. Já para os pais, cuja experiência de vida já mostrou que não é bem assim, existem limites para as coisas, e o tempo certo para que elas aconteçam. Não é por mal, que os pais se preocupam com seus filhos, na verdade querem apenas o caminho mais seguro para que seus filhos encontrem mais facilidades e menos sofrimento e dor. 

Pais e filhos, jovens e maduros, o maior segredo para viverem como amigos é evocando a parceria, desvendando seus segredos uns aos outros, por mais esquisitos e difíceis que possam lhes parecer. Puxa! tem tanto assunto para se conversar, quantas coisas legais e também quanta besteira, mas vale a pena! Outra dica, cada um tem um jeito de ser, e tanto vocês como pais e filhos se conhecem (pelo menos um tanto) para saber que, com jeito, carinho, respeito e companheirismo, muitos obstáculos podem ser vencidos, principalmente o saber perdoar o erro do outro e tentarem, juntos, quando assim for o caso, resolverem as suas diferenças e problemas comuns.

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